segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Saiba os prós e contras de parar de menstruar

Saiba os prós e contras de parar de menstruar
Muitos são os fatores que incentivam a mulher a tomar a decisão de parar de menstruar: além de suspender o sangramento, evita sintomas desagradáveis como cólicas, dor de cabeça e inchaço. Hoje em dia, são encontrados facilmente vários anticoncepcionais de uso contínuo que interrompem a menstruação. No entanto, é bom avaliar os benefícios e riscos antes de fazer a escolha.
"O contraceptivo contínuo tem os mesmos efeitos colaterais que qualquer anticoncepcional", afirma a ginecologista Arícia Giribela, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Para a médica, a suspensão da menstruação não traz nenhum tipo de problema para a saúde da mulher.
A terapia é eficaz para mulheres que sofrem com os sintomas da menstruação. Um estudo da Faculdade de Medicina de Jundiaí (SP) avaliou 334 usuárias de pílulas sem pausa e comprovou que 95% delas não tiveram mais menorragia (fluxo intenso) e 75% não sentiram mais cólicas.
Outra indicação é contra a endometriose. "É uma das mais usadas e mais eficazes formas de tratamento do problema", garante Alicia. Os hormônios ajudam a reduzir a dor e as cólicas.
Quanto à fertilidade, não há estudos que relacionem o uso de anticoncepcionais hormonais à dificuldade de engravidar. A ginecologista explicou que a mulher volta a ovular normalmente entre o primeiro o terceiro mês após a interrupção do uso da pílula.
A especialista também questiona a necessidade da pausa mensal do anticoncepcional. Diferentemente da menstruação natural, o sangramento mensal de quem usa a pílula é provocado pela suspensão do consumo do medicamento e não da flutuação hormonal que ocorre no ciclo menstrual. "É uma menstruação falsa", afirma.
 Contras
"Não temos o direito de dar a ilusão de que o método seja 100% eficaz em provocar ausência de menstruação", afirma a ginecologista e obstetra Luciana Nobile, membro da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. A médica alerta que em quase 50% dos casos, há diminuição do sangramento, mas não a interrupção total.
Os efeitos a longo prazo da ingestão continuada de hormônios também preocupam a especialista. Luciana explica que não há estudos que relacionem o uso de anticoncepcionais aos casos de câncer, mas não descarta a possibilidade de o medicamento ser um fator de risco, tal como a terapia de reposição hormonal. "Os defensores alegam que a quantidade de hormônios é muito inferior, mas, por longos períodos de exposição, não poderia ter o mesmo efeito?", questiona.
A ginecologista reconhece os benefícios do contraceptivo contínuo para a endometriose e para mulheres com problemas relacionados à menstruação. No entanto, lembra que não há terapia indicada para todas as mulheres e recomenda que a decisão seja avaliada junto com o médico.
No entanto, a maior preocupação da médica não é com relação a efeitos colaterais e sim com a falsa sensação de segurança dos anticoncepcionais hormonais. "O aspecto mais relevante da contracepção em tempos de HIV é a ênfase ao uso do preservativo", salienta Luciana. "Estou convencida de que todas estas questões serão temas para as próximas décadas", afirma.

Dias de fúria: entenda a TPM
Inúmeras piadas circulam na Internet: há quem diga que TPM quer dizer "Todos Problemas Misturados". Outros, a definem como "Totalmente Pirada e Maluca". Já os mais sádicos avisam: "Tendência Para Matar" ou, ainda, "Tendências a Pontapés e Murros". Pode parecer hilário, mas não ouse contar uma dessas para uma mulher "naqueles dias". Dados apontam que a famosa Tensão Pré-Menstrual (TPM) atinge mais de 18,5 milhões de brasileiras de 10 a 49 anos. Nada menos do que 80% das mulheres em fase reprodutiva apresentam sintomas típicos como irritabilidade, humor deprimido, aumento de apetite e dores de cabeça. Antes rotulados como problemas psiquiátricos, hoje essas alterações são encaradas de outra forma, graças aos avanços da medicina, que já dispõe de recursos para amenizar os "dias de fúria".
Na hora de escolher suas "vítimas", a TPM não escolhe cor, religião, classe social ou profissão. O que se sabe é que a média de idade de início da TPM é por volta dos 26 anos de idade, e a tendência é que ela vá se agravando ao longo dos anos. As mulheres mais sujeitas a este problema são aquelas que sofrem de algum episódio depressivo ou possuem algum parente com problemas de humor, assim como aquelas que tiveram depressão pós-parto. Outras causas médicas apontadas como agravantes da TPM são anemia, distúrbio autoimune, hipotireoidismo, diabetes, epilepsia, endometriose, síndrome da fadiga crônica e doenças do colágeno.
A causa da TPM, em si, não é conhecida, mas pelas características está intimamente relacionada à elevação do estrogênio na fase pré-menstrual ou a queda da progesterona. Contudo, esses dois fatores não são os únicos envolvidos: esses hormônios podem afetar as neurotransmissões e aí então causar os sintomas psiquiátricos. Pode também afetar os receptores fora do Sistema Nervoso Central, provocando os diversos outros sintomas.
Um dos aspectos que mais instigam os cientistas é justamente esse: a identificação das causas desse turbilhão. "Não há uma única alteração que explique as modificações", afirma a ginecologista Mara Diegoli, coordenadora do Centro de Apoio à Mulher com TPM do Hospital das Clínicas de São Paulo. O que se sabe até agora é que a síndrome é causada por vários fatores. A oscilação hormonal do ciclo menstrual é um deles. Ao longo do mês, os níveis de estrógeno e progesterona - hormônios femininos - se alteram. Durante a menstruação, os dois estão em baixa concentração. Logo depois, o nível de estrógeno sobe até atingir níveis máximos por volta do 14º e 15º dias do ciclo. É nesta fase que ocorre a ovulação. A partir daí, sua produção diminui até níveis muito baixos cerca de dois dias antes da menstruação. Mas é quando o estrógeno cai que se eleva a fabricação da progesterona. E é exatamente pelo fato de que a TPM se manifesta a partir do 14º, 15º dia do ciclo que se crê que a progesterona esteja relacionada à síndrome.
Quais os tipos de TPM? Existe mais de um tipo de TPM. No total, são quatro variações. É importante salientar que os sintomas podem manifestar-se isoladamente ou em combinação variável.
TPM do Tipo A: o sintoma principal é a ansiedade. Porém, podem aparecer a agressividade, irritabilidade, tensão nervosa e aquela sensação de estar "no limite".
TPM do Tipo H: prepondera à retenção hídrica. Neste tipo, são comuns alterações físicas, como o inchaço, volume no abdômen, dores mamárias e ganho de peso.
TPM do Tipo C: a cefaléia (dor de cabeça) destaca-se entre os demais sintomas. Pode também, apresentar a fadiga e o aumento de apetite (principalmente os doces).
TPM do Tipo D: a depressão é o principal sintoma. Está associada à insônia, ao choro fácil, ao desânimo e ao esquecimento.
Como se identifica a TPM? Para caracterizá-la, durante o intervalo de 12 meses, a mulher deverá ter apresentado na maioria dos ciclos pelo menos cinco dos sintomas abaixo:
- Humor deprimido
- Raiva ou irritabilidade
- Dificuldade de concentração
- Falta de interesse pelo que se costuma gostar
- Aumento do apetite
- Insônia ou hipersonia
- Sensação de falta de controle sobre si mesmo
- Algum sintoma corporal
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