Azeite, o anti-barriga!
Não é milagre. É ciência! Pesquisa comprova que duas colheres diárias de azeite ajudam a eliminar a gordura abdominal
Da Redação
Depois de apelidado de "ouro líquido" por seus benefícios à saúde, foi descoberta mais uma vantagem sobre o consumo de azeite: ele impede o acúmulo de gordura na barriga. Incluir azeite extra virgem no dia-a-dia diminui os maiores fatores de risco para doenças cardiovasculares, diabetes, gastrites, hipertensão, dores, osteoporose e até mesmo câncer. Mas a novidade é que um estudo coordenado por cientistas europeus acaba de apontar esse novo benefício que fascina principalmente as mulheres, inimigas número um da gordura abdominal. A pesquisa foi publicada na revista Diabetes Care, da Associação Americana de Diabetes, e comprovou que a ingestão diária de duas colheres das de sopa de azeite evita a formação de gorduras na região visceral, que resulta na indesejável barriguinha. “Ao consumir o azeite extra virgem, estamos ingerindo 77% de gordura monoinsaturada, 14% de saturadas e 9% de polinsaturadas, o que torna o óleo mais saudável em relação aos outros”, disse o cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração, Dr. Daniel Magnoni.O estudo foi realizado por especialistas do Hospital-Universidade Reina Sofia e Instituto Salud Carlos III, da Espanha, e Universidade de Cambridge, da Inglaterra acompanhou pacientes com gordura abdominal acumulada que receberam, por um período de 28 dias cada, três tipos de dietas: uma baseada em gordura saturada, a segunda com monoinsaturada e a última com carboidratos. A conclusão da pesquisa foi que uma dieta rica em gorduras monoinsaturadas retrai a distribuição da gordura na região da barriga.Os benefícios do azeite
O azeite extra-virgem é reconhecido pelo FDA - Food and Drug Administration -, como um alimento com características funcionais que, pela presença de antioxidantes, fortalece o sistema imunológico. Enquanto os outros óleos são produzidos a partir das sementes, o azeite é o único óleo extraído da fruta (azeitona), que possui gordura monoinsaturada, vitaminas, antioxidantes e minerais, além de ser fonte de vitamina E. O azeite de oliva é rico em gorduras monoinsaturadas, que ajudam a elevar o HDL (colesterol "bom") e a reduzir o LDL (colesterol "ruim"). Cerca de 20% das calorias diárias consumidas por uma pessoa devem vir da gordura monoinsaturada, 10%, da poliinsaturada e até 7%, da saturada. No caso de diabetes, a substituição de gordura saturada e do carboidrato pelo azeite (gordura monoinsaturada) melhora a resistência à insulina e conseqüentemente diminui a glicemia do diabético. “Há muito tempo as dietas recomendadas pelo cardiologistas, endocrinologistas e nutrólogos utilizam o aumento de gordura monoinsaturada em substituição ao carboidrato”, conclui Dr. Magnoni.
O elixir da saúde!
Não há dúvida que o azeite é indispensável no dia a dia de quem quer manter saúde. Conheça todos os benefícios dessa delícia que protege seu coração
Por Katia Cardosoe Sucena Shkrada Resk
Sua importância para a saúde do corpo está mais do que comprovada. Centenas de pesquisas realizadas ao longo dos últimos anos constataram que o azeite de oliva faz bem, sim, ao coração. Nada que espanhóis, gregos e portugueses não saibam na prática há séculos. Prova disso é que a Espanha lançou uma campanha, junto à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), para transformar a Dieta do Mediterrâneo (conjunto de alimentos, incluindo o azeite, que faz parte do cardápio desse povo) em patrimônio cultural da humanidade.Entre os benefícios atribuídos ao produto e atestados até pela Organização Mundial de Saúde (OMS), estão abaixar o colesterol e controlar o diabetes. O óleo também está associado ao menor risco de derrame, de doenças cardíacas, de câncer de mama e de pulmão e de alguns tipos de demência. Segundo Josefina Bressan, nutricionista e professora da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, a principal vantagem do alimento é o fato de combater o LDL (colesterol ruim) e aumentar o HDL (colesterol bom). “Essa ação se deve, em grande parte, ao ácido oléico, que representa 80% do azeite.”Poucos alimentos têm essa propriedade. Entre eles, estão as nozes, castanhas e amêndoas. “Apesar de ser calórico, o azeite é mais saudável e pode substituir os demais óleos na culinária — como o de soja e o de girassol, na preparação dos pratos. A quantidade suficiente para uma pessoa, no almoço e jantar, é de até seis colheres de sopa”, recomenda Bressan. Ela teve a oportunidade de aproveitar a Dieta do Mediterrâneo, quando viveu na Espanha e constatou que o uso do óleo de oliva é predominante nos hábitos adotados pela população do país. “Eles falam: use gordura à vontade, desde que seja da boa”, conta.Acompanhado é ainda melhorA nutricionista destaca que a eficácia do cardápio dos espanhóis se deve ao conjunto. Afinal, eles comem peixes de água fria, como salmão, bacalhau e truta, além de leguminosas e frutas. E fazem pratos fundos, com feijão, lentilha ou grãode- bico. “Tomam até 150 ml de vinho tinto nas refeições e dificilmente misturam arroz, que deixam para outro dia, para consumir como risoto, por exemplo”. Raquel Botelho, professora de Nutrição da Universidade de Brasília (UNB), concorda que o sucesso desse ingrediente na Dieta do Mediterrâneo é realmente sua associação com outros alimentos.“No cardápio de espanhóis, gregos e portugueses, não faltam legumes e vegetais. Com isso, as fibras ajudam o organismo a ter a sensação de saciedade e há um movimento mais rápido dos alimentos ao intestino”, diz. “Estudos científicos comprovaram a eficiência do azeite também em relação ao diabetes, porque ajuda a melhorar o funcionamento do pâncreas, que tem o papel de produzir insulina para diminuir a quantidade de glicose no organismo”, explica Raquel. Ela alerta que o segredo está em consumi-lo moderadamente, pois é calórico.Pesquisa recente do Monell Chemical Senses Center, da Filadélfia, e publicada na revista científica Nature, mostrou que os azeites de boa qualidade contêm oleocanthal, agente ativo que inibe a ação das enzimas que agem nas inflamações. “Agora que conhecemos as propriedades antiinflamatórias dessa substância, parece plausível que seja importante nas dietas nas quais o azeite de oliva é a principal fonte de gordura”, afirmou à revista Paul Breslin, co-autor do estudo. Eles acreditam que o óleo contém vários outros compostos benéficos para o corpo, ainda de ação desconhecida, mas que devem ser desvendadas em breve.
No que depender dos espanhóis — um dos principais povos produtores e consumidores do produto — os estudos vão avançar rapidamente. Eles também estão realizando uma pesquisa para mostrar que, incluir o azeite e as oleaginosas (nozes e amêndoas) na dieta, é melhor do que apenas excluir as gorduras do prato. Há 200 centros de pesquisa e cinco mil voluntários envolvidos. Os resultados preliminares, publicados no Archives of Internal Medicine, em junho, nos Estados Unidos, mostram que ele reduz mesmo o mau colesterol e protege o coração das doenças cardiovasculares.Na opinião da nutricionista Josefina Bressan, é difícil adaptar a dieta mediterrânea aos hábitos do brasileiro. Como é composta, em grande parte, por produtos caros, acaba sendo incompatível com a realidade e o bolso das famílias de baixa renda. “Mesmo que os peixes fossem substituídos por outros comuns em nosso litoral, como robalo e sardinha, ainda há a questão cultural”, diz.O brasileiro come pouco peixe e tem dificuldade de comprar produtos frescos, sobretudo no interior do país. Cabe aqui uma dica: como aponta o estudo espanhol, basta diminuir as fontes de gordura de origem animal e caprichar nas frutas, verduras e nesse óleo para reduzir riscos. Seu paladar e seu coração vão agradecer.Das oliveiras às gôndolasO azeite é obtido da prensagem de azeitonas. Passa pela lavagem, moagem, prensa fria e centrifugação. Na classificação européia, pode ser:EXTRAVIRGEM – tem acidez menor que 0,8%, sendo os de maior apelo gastronômico. Usado para finalização de pratos, é o que contém a maior quantidade de antioxidantes, além de vitamina E e ácidos graxos.VIRGEM – acidez entre 0,08 e 2%. Os com acidez maior que 2% são os virgens lampantes (para uso industrial), misturados a outros azeitesAZEITE DE OLIVA – resultado da mistura de azeite refinado com azeites de oliva virgens (extra ou lampante), sua acidez não passa de 1%.Saiba se o azeite é bomVeja as dicas para identificar no mercado o produto de boa qualidade e fique de olho na:ACIDEZ – quanto mais baixa, melhor. Lembre-se: quanto mais ácido, mais doce é o azeite.COR - sua coloração não influencia o sabor ou a qualidade. A diferenciação por cor se deve à quantidade de sol à qual as azeitonas foram expostas.REGIÃO PRODUTORA – cada país, sobretudo os da costa do Mediterrâneo (principais produtores), fabrica um azeite com características próprias, com aroma e sabores distintos. Isso se deve ao solo, por exemplo. Azeites espanhóis, portugueses e turcos são mais leves. Já os gregos e italianos são mais picantes.
Foto: Símbolo Press
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Azeite, o anti-barriga
Dieta do Mediterrâneo
Por Katia Cardosoe Sucena Shkrada Resk
Sua importância para a saúde do corpo está mais do que comprovada. Centenas de pesquisas realizadas ao longo dos últimos anos constataram que o azeite de oliva faz bem, sim, ao coração. Nada que espanhóis, gregos e portugueses não saibam na prática há séculos. Prova disso é que a Espanha lançou uma campanha, junto à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), para transformar a Dieta do Mediterrâneo (conjunto de alimentos, incluindo o azeite, que faz parte do cardápio desse povo) em patrimônio cultural da humanidade.Entre os benefícios atribuídos ao produto e atestados até pela Organização Mundial de Saúde (OMS), estão abaixar o colesterol e controlar o diabetes. O óleo também está associado ao menor risco de derrame, de doenças cardíacas, de câncer de mama e de pulmão e de alguns tipos de demência. Segundo Josefina Bressan, nutricionista e professora da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, a principal vantagem do alimento é o fato de combater o LDL (colesterol ruim) e aumentar o HDL (colesterol bom). “Essa ação se deve, em grande parte, ao ácido oléico, que representa 80% do azeite.”Poucos alimentos têm essa propriedade. Entre eles, estão as nozes, castanhas e amêndoas. “Apesar de ser calórico, o azeite é mais saudável e pode substituir os demais óleos na culinária — como o de soja e o de girassol, na preparação dos pratos. A quantidade suficiente para uma pessoa, no almoço e jantar, é de até seis colheres de sopa”, recomenda Bressan. Ela teve a oportunidade de aproveitar a Dieta do Mediterrâneo, quando viveu na Espanha e constatou que o uso do óleo de oliva é predominante nos hábitos adotados pela população do país. “Eles falam: use gordura à vontade, desde que seja da boa”, conta.Acompanhado é ainda melhorA nutricionista destaca que a eficácia do cardápio dos espanhóis se deve ao conjunto. Afinal, eles comem peixes de água fria, como salmão, bacalhau e truta, além de leguminosas e frutas. E fazem pratos fundos, com feijão, lentilha ou grãode- bico. “Tomam até 150 ml de vinho tinto nas refeições e dificilmente misturam arroz, que deixam para outro dia, para consumir como risoto, por exemplo”. Raquel Botelho, professora de Nutrição da Universidade de Brasília (UNB), concorda que o sucesso desse ingrediente na Dieta do Mediterrâneo é realmente sua associação com outros alimentos.“No cardápio de espanhóis, gregos e portugueses, não faltam legumes e vegetais. Com isso, as fibras ajudam o organismo a ter a sensação de saciedade e há um movimento mais rápido dos alimentos ao intestino”, diz. “Estudos científicos comprovaram a eficiência do azeite também em relação ao diabetes, porque ajuda a melhorar o funcionamento do pâncreas, que tem o papel de produzir insulina para diminuir a quantidade de glicose no organismo”, explica Raquel. Ela alerta que o segredo está em consumi-lo moderadamente, pois é calórico.Pesquisa recente do Monell Chemical Senses Center, da Filadélfia, e publicada na revista científica Nature, mostrou que os azeites de boa qualidade contêm oleocanthal, agente ativo que inibe a ação das enzimas que agem nas inflamações. “Agora que conhecemos as propriedades antiinflamatórias dessa substância, parece plausível que seja importante nas dietas nas quais o azeite de oliva é a principal fonte de gordura”, afirmou à revista Paul Breslin, co-autor do estudo. Eles acreditam que o óleo contém vários outros compostos benéficos para o corpo, ainda de ação desconhecida, mas que devem ser desvendadas em breve.
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